Chevrolet Volt: bem-vindo ao EV2
Como anda o modelo elétrico da GM que será lançado no ano que vem
Chevrolet Volt 2011: evolução do primeiro modelo elétrico da marca, o EV1
O EV2, quer dizer, o Volt que tivemos a oportunidade de dirigir no Estádio Dodger representa um passo significativo em direção à produção do carro, agendada para o final deste ano. E quais são as grandes conclusões da experiência limitada de dirigir em um estacionamento? Uma é que a experiência de ligar o motor/gerador (o que ocorre quando a carga da bateria cai a cerca de 30%) é muito mais imperceptível do que eu poderia supor. Outra é que, apesar do trem de força de outro mundo, dirigir o Volt é impressionantemente como qualquer carro comum (minha mãe nunca saberia a diferença). A terceira é que os céticos quanto ao Volt ficarão muito sem graça se continuarem duvidando da seriedade deste veículo.
A base do Volt é bem parecida com a do sedã Cruze. Uma das diferenças fica por conta das chapas mais leves do modelo híbrido
O que acontece é – bem, praticamente nada acontece. Não, o Volt não é repentinamente reduzido a uma carroça de 72 cv, porque o motor/gerador (que opera entre 1.000 e 4.000 rpm, sempre engatado) está continuamente alimentando a bateria. Em outras palavras, a não ser que você esteja eternamente subindo o Everest, há oportunidade de sobra para ao gerador manter aquela carga de cerca de 30%. Então, vamos deixar de lado aquela suposição equivocada.
Painel futurista vem com instrumentação digital que monitora a carga da bateria e o sistema que aproveita a energia dos freios
Recarga completa requer oito horas
Nós não sabemos o peso exato do Volt, mas sua distribuição de peso de quase 50/50 é obviamente útil na entrada de curvas – embora eu tenha sentido que não faltava muito para a frente escapar (bem, não se pode esperar demais dos pneus Goodyear de 17 polegadas com baixa resistência a rodagem). Em movimento, o Volt também oferece pouco daquele “gemido elétrico” que aprendemos a esperar de híbridos; de fato, os toques rápidos da buzina em baixa velocidade para alertar deficientes visuais (o sistema é ativado pelo motorista abaixo dos 40 km/h) parecem adequados.
A aparência é uma agradável mistura de mundo do futuro e convencionalidade familiar. Certamente, as faixas pretas horizontais no alto das portas e nas saias laterais ajudam a dar uma aparência discreta, enquanto há suficientes detalhes aerodinâmicos bacanas para atiçar quem gosta de tecnologia (em particular, os chanfros verticais na traseira). O interior tem um toque de estilo do iPod, com o console central branco liso perolizado povoado com botões sensíveis ao toque, um divertido painel de instrumentos gráfico (com uma bola flutuante que indica a eficiência encolhendo, mudando de verde para amarelo e subindo ou descendo quando você acelera ou freia de forma não ideal), um contorno extravagante do painel e painéis das portas estampados. Minha única crítica é para os materiais em si, que parecem nitidamente mais baratos do que sugere o preço do carro (estimado em US$ 32,5 mil dólares).
É interessante comparar rapidamente o velho EV1 com seu descendente. Enquanto o EV1 é mais avançado aerodinamicamente, e composto primariamente de alumínio leve, o Volt chegou perto de se equiparar à mesquinharia do carro antigo, utilizando um chassi tradicional de aço emprestado do Chevrolet Cruze (embora altamente modificado, incluindo várias diferenças na espessura da chapa metálica). E mesmo que ainda seja bastante aerodinâmico, o perfil continua fornecendo espaço modesto no banco traseiro (o EV1 era estritamente para dois lugares).
O Volt começará a ser encontrado nas ruas dos Estados Unidos a partir do início do ano que vem, quando chega às lojas
Isso apesar de o Volt armazenar aproximadamente metade da energia. Por quê? Farah explica que o EV1 precisava de um sistema de carga de maior capacidade simplesmente para ser um automóvel plausível. Algumas pessoas criticaram pesadamente a GM por não manter a vantagem tecnológica que ela tinha com o EV1 – deixando os híbridos da Toyota e Honda a eclipsarem na sequência. E, certamente, a GM estaria em uma posição muito diferente hoje caso ela tivesse mantido o ritmo. Mas também é errado concluir que seu legado foi completamente perdido depois que "o carro elétrico foi morto”. De fato, o homem do Volt, o próprio Farah, era um engenheiro de software do EV1. O Volt é mais uma resposta aos fracassos do EV1 (e uma memória de seus pontos fortes) do que você pode imaginar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário